Extensão transformadora

A experiencia do projur mulher e diversidade da universidade de passo fundo

Abstract

Resumo

O momento atual de crise econômica no Brasil se reflete fortemente na educação superior, sobretudo na gestão dos projetos e programas de extensão das universidades brasileiras, onde é sentida a pressão, disfarçada de incentivo, para a inovação e criação de produtos. Os cortes orçamentários atingem fortemente a extensão, a exigência de elevada produção científica, analisada quantitativamente e a demanda de maior presença em sala de aula leva ao questionamento: sobreviverá extensão universitária, especialmente nas ciências humanas e sociais? Como hipótese apresenta-se a experiência do Projur Mulher e Diversidade, o qual atua em tanto na prevenção como no enfrentamento à violência, disponibilizando suas habilidades para a transformação individual e cultural. Partindo do objetivo de resolver o problema, a análise crítica leva a necessidade de indissociabilidade e a experiência do Programa de Extensão Projur Mulher e Diversidade se chega à conclusão de que a resposta vem pela resistência dos extensionistas e pela ressignificação da própria extensão, a qual demanda indissociabilidade com o ensino e a  pesquisa, apontando para um modelo que não se basta na crítica, voltando-se para a transformação e inclusão social.

Abstract

 The current economic crisis in Brazil reflects on the Brazilian higher education, especially in the management of projects and extension programs of Brazilian universities, where pressure, disguised as incentive, is felt for innovation and product creation. Budget cuts first reach the university extension programs, the requirement of high scientific production, quantitatively analysed and the demand for main presence in the classroom leads to the question about the survival of university extension, especially in the human and social sciences. Therefore, critically analysing the extension patterns, the necessity of the indissociability and the experience of Projur Women and Diversity extension program, concludes that the answer comes from the extensionists resistance and the resignification of the extension itself; which demands an indissociability between teaching and research, pointing to a model that isn’t only dedicated to critical analysis, but turning to social transformation and social inclusion as well.